Conferências UEM, X CONFERÊNCIA CIENTÍFICA 2018 "UEM fortalecendo a investigação e a extensão para o desenvolvimento"

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PERFIL DE SENSIBILIDADE DE ESCHERICHIA COLI E KLEBSIELLA PNEUMONIAE ÀS CEFALOSPORINAS DA 3ª GERAÇÃO
Jose Carlos Langa, Tomas Zimba, Arlindo Chauque

Última alteração: 2018-08-13

Resumo


Introdução: A resistência antimicrobiana é um problema de saúde pública mundial. Nos países em via de desenvolvimento como Moçambique, a resistência constitui uma inquietação e quase inevitável devido ao frequente uso inapropriado, indiscriminado e irracional de antibióticos e o fácil acesso aos mesmos por parte da população.

Objectivo: Analisar o perfil de sensibilidade de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae às cefalosporinas da 3ageração no Hospital Central de Maputo.

Metodologia: Foi realizada uma análise retrospectiva dos dados de 2012-2014 extraídos do livro de registo do laboratório de Microbiologia do Hospital Central de Maputo. Foram incluídos todos os resultados positivos para Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae de pacientes internados e ambulatórios assistidos naquele hospital durante aquele período.

Resultados: Foram analisadas 588 isolados, onde 150 foram de pacientes ambulatórios e 438 de  internados. Observou-se alta frequência de E. coli 62% (93/150) nos pacientes ambulatórios e 54% (237/438) de K. pneumoniae foi mais frequente nos pacientes internados. Em relação ao género, houve maior frequência de E. coli em ambos sexos 61,4% para o feminino e 50.9% para o masculino. Quanto a faixa etária houve maior frequência de K. pneumoniae em pacientes pediátricos (<15 anos) 55.7% (128/230) e a E. coli em não pediátricos (≥ 15 anos) 53.9% (193/358). Quanto ao perfil de sensibilidade às cefalosporinas de 3ª geração (ceftazidima, cefriaxona e cefotaxima), observou-se altas resistências em ambos patógenos, sendo as percentagens de resistência maiores para K. pneumoniae (59.5%, 59.2% e 65.6%, respectivamente) em relação  a E. coli com (49%, 50.3 e 43.4%, respectivamente).

Conclusão: A ocorrência de altas percentagens de resistência a E. coli e K. pneumoniae as cefalosporinas de 3ª geração alerta para a necessidade de medidas de prevenção e vigilância de forma a minimizar a prevalência de microrganismos multirresistentes.

Palavras-chaves: Esherichia coli; Klebsiella pneumoniae; resistência antimicrobiana; cefalosporinas.