Última alteração: 2018-08-13
Resumo
Introdução: O consumo de frutas nativas/silvestres em Moçambique, têm sido uma estratégia importante para as comunidades rurais durante períodos sazonais e de seca. No período do seu amadurecimento, o tamarindo é geralmente mais consumido por crianças “in natura”, adoçado com açúcar na forma de sumo ou papas. Contudo, existe pouca informação científica e documentada abordando sobre a composição nutricional de frutas nativas/silvestres a nível Nacional, fazendo com que estes sejam ignorados pelas populações urbana.
Objectivo: Avaliar as características físico-químico e nutricionais do fruto de Tamarindus indica L .
Materiais e Métodos: Os frutos de tamarindo foram colhidos no jardim Botânico da Universidade Eduardo Mondlane. Todas as determinações (com excepção do peso e comprimento) foram realizadas em triplicado, e a determinação dos parâmetros físicos e químicos, foram feitas de acordo com as normas do Association of Official Analytical Chemist (2005) citadas pelo Instituto Adolfo Lutz (2008) e para determinação de minerais usaram-se as normas do Laboratório Nacional de Higiene de Águas e Alimentos (1997).
Resultados: A polpa do tamarindo apresentou rendimento abaixo de 50%, um caracter ácido (pH de 2.63), humidade de 48g.100g-, 36.7 % de carboidratos e 192,61 kcal.100g-1 de energia. Os teores de gordura, proteína e fibra variaram de 3.0 a 5.1%. A presença de minerais na amostra foi caracterizada pelo teor 4.0% de cinzas com teores de fósforo e potássio variando de 104,50 a 696,30 mg.100-1respectivamente.
Conslcusão: Os resultados obtidos no presente estudo mostraram que a polpa do Tamarindus indica L. é fonte de nutrientes essenciais para o organismo humano, e que a partir da polpa in natura poderá servir para o desenvolvimento de outros produtos.
Palavras-chave: Análise físico-química, tamarindo, caracterização, valor nutricional