Conferências UEM, X CONFERÊNCIA CIENTÍFICA 2018 "UEM fortalecendo a investigação e a extensão para o desenvolvimento"

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AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE ANTIOXIDANTE EM FRUTOS NATIVOS: STRYCHNOS-MADAGASCARIENSIS (MACUÁCUA); STRICHNOS-SPINOSA (MASSALA) E A VANGUEIRA-INFAUSTA (MAPHILWA)
Asmina Esmail Sulemane

Última alteração: 2018-08-16

Resumo


M. A. M. KHAN1,  I. R. GUIAMBA1,  A. E. SULEMANE1

1Faculdade de Engenharia, Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Maputo, Moçambique.

RESUMO

A inclusão de frutos nas dietas tem a vantagem adicional de fornecer nutrientes e antioxidantes às populações, minimizando os problemas de desnutrição. Cada vez mais, buscam-se nos alimentos substâncias capazes de ajudar a combater o processo oxidativo do organismo. De maneira geral, a capacidade antioxidante de frutos está relacionada aos teores destes compostos, que impedem a ação dos radicais livres. O objectivo do presente trabalho foi a identificação de potenciais fontes de compostos bioactivos através da determinação do teor de antioxidantes presentes em frutos nativos encontrados na região do Sul de Moçambique como a Massala (strhynonous spinosa), Macuácua (strichnous madagascariensis) e Maphilwa (vangueria infausta) conservados por congelamento, para tal avaliou-se os compostos fenólicos totais medindo as absorvâncias à 515 nm, do extracto obtido em metanol numa proporção de 1:4 de peso da amostra por volume do metanol e incubação por 16-18 h a 5 °C, seguido de centrifugação. A capacidade antioxidante foi medida, usando os métodos  ABTS e  DPPH para capacidades hidrofilica e lipofilica. Os resultados mostraram que a conservação por congelamento preservou o conteúdo fenólico total não tendo ocorrido alteração significativa dos conteúdos entre os frutos fresco e congelados. A macuácua apresentou maior quantidade de compostos fenólicos (520 mg EAG./100g), a maphilwa a menor (215 mg EAG.100/g). O método DPPH resultou em capacidade antioxidante hidrofilica mais elevada (500 M) para massala e a Maphilwa com o mais baixa (200 M), Pelo método de ABTS a massala apresentou a maior capacidade antioxidante total, 785 M, a macuácua 716 M e a maphilwa 584 M de equivalentes a trolox. Concluiu-se que o conteúdo fenólico total não está directamente relacionado com a capacidade antioxidante total dos frutos e que os métodos  ABTS e DPPH apresentaram uma diferença na expressão dos resultados referentes à capacidade antioxidante total dos frutos em estudo.

Palavras-chave: Frutos nativos, Compostos fenólicos, Capacidade antioxidante.