AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO EM GENÓTIPOS ELITE DE MANDIOCA NA ESTACÃO AGRÁRIA DE UMBELUZI - EAU, DISTRITO DE BOANE – MAPUTO

Anabela Matangue Zacarias – Silva²; António Arlindo Mendes ^1*; Jarnete Simião Campos De Castro¹ Sofrimento Fenias Matsimbe² e Jacob Fortuna Chimuca¹

¹.Universidade Eduardo Mondlane-UEM-ESNEC-Chibuto.

^2.Instituto de Investigação Agraria de Moçambique-IIAM-Maputo.

*Autor correspondente: antoarlmendes@gmail.com

Em Moçambique a mandioca (Manihot esculenta Crantz), é praticada pelo sector familiar para fins, domésticos ou industriais. Foi realizado um ensaio de 2015/2016 para avaliar genótipos elite de Moçambique (MZ), Tanzânia (TZ), Malawi (MW), Quénia (KE) e Uganda (UG), na Estacão Agrária de Umbeluzi, em Boane, província de Maputo, num delineamento de blocos incompletos com 27 genótipos, 7 blocos com 4 tratamentos cada e 3 repetições. As análises incluíram, altura da planta (ALTPL), número de raízes por planta (NURPL), produção de raízes comerciais (PRACO), rendimento da biomassa da parte aérea (BIOPA), rendimento de raízes tuberosas (RENRA), índice de colheita (INDCO) e matéria seca (MS). Os resultados mostram que, houve efeito significativo dos diferentes genótipos de mandioca sobre o rendimento, sendo o maior registado com KE01 que apresentou 32.03ton/ha e o menor foi KE03 com 1.7ton/ha. Para ALTPL, o tratamento TZ04 teve maior altura com 3.28m e a menor observada no UG04 com 1.2m. Não houve efeito significativo para a MS, mas o genótipo MZ125 superou com 33,09%, a menor foi UG03 com 21.89% e destacou-se MZ125 no teor de amido com 15.3%, apresentando vantagens na indústria de cervejaria. Houve diferenças significativas para o INDCO, sendo maior o KE01 com 39.83% e menor KE03 com 4.96%, assim como BIOPA, com maior média para MW01 com 108.33 e menor KE04 com 56.00. Houve diferenças significativas para NURPL, sendo maior KE04 com 220.33 e menor KE03 com 18.33. Estes resultados mostram vantagens aos produtores, porque pode-se obter melhores rendimentos apesar destes terem origens diferentes. Os resultados são satisfatórios e recomenda-se deste estudo aos produtores a usarem estes genótipos, aos pesquisadores para replicarem e disseminarem estas experiencias. Os genótipos moçambicanos mostraram bons resultados no teor de amido, dado importante para produção do álcool.

Palavras-chaves: Mandioca (Manihot esculenta Crantz); genótipos elite; rendimento;