Conferências UEM, X CONFERÊNCIA CIENTÍFICA 2018 "UEM fortalecendo a investigação e a extensão para o desenvolvimento"

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A FÁBRICA DE CULTURA E A VIDA NA PERIFERIA DA CIDADE DE SÃO PAULO, BRASIL.
Priscila Silva Queiroz Cevada, Antonio Ribeiro Almeida Junior

Última alteração: 2018-08-13

Resumo


Relatos de cenas de genocídio de jovens e truculência da polícia como prática comum em regiões onde a pobreza e a escassez de condições favoráveis a vida estão presentes nos textos de vários autores que estudam o ambiente urbano. Ao observar as periferias das grandes cidades brasileiras, podemos perceber que tais casos se repetem, como também, vemos em vários veículos midiáticos.

No contexto de minimizar a vulnerabilidade social, a Fábrica de Cultura Jardim São Luís, inserida na zona sul da cidade de São Paulo, inaugurada em 2012, se constitui como uma ação do Estado para combater e diminuir os índices de mortes de jovens na periferia da cidade. A Fábrica foi construída em parte do terreno que se encontra o Cemitério Municipal São Luís, o terceiro maior da cidade de São Paulo sendo inaugurado em 1981, possuindo cerca de 150.000 corpos sepultados em 326.000 m², sendo que 80% das pessoas tiveram mortes violentas.

Assim, este trabalho se propõe a refletir sobre a relação entre a gestão do Estado e os jovens da periferia, por meio da observação da Fábrica de Cultura no Jardim São Luís. Para tanto, foram consultados a bibliografia já consolidada sobre o assunto e analisado o relato de moradores do entorno desta instituição.

Desse modo, podemos perceber que as ações do Estado tentam abarcam o máximo de atendimentos dentro de seus estabelecimentos como parte de suas metas de atuação, porém, na prática, as atividades nem sempre chega de fato aos que necessitam ser acolhidos, visto que é necessário passar por alguns critérios burocráticos para se frequentar tais espaços. De modo que a própria vulnerabilidade se torna um empecilho para se manter uma vida a ser vivida.