RESUMO

O debate sobre o planeamento turístico focaliza a abordagem territorial, reconhecendo o carácter multifuncional dos componentes da oferta turística, nesse caso, infra-estruturas básicas e específicas, igualmente, enfatiza o aproveitamento das forças internas, a necessidade de criação de novas infra-estruturas básicas e específicas que valorizem as especificidades locais e a participação efectiva da comunidade local na dinamização e revitalização das potencialidades de um destino turístico. Assim, o presente estudo aborda o papel das infra-estruturas básicas e especificas como sendo elementos indutores de desenvolvimento do turismo, traduzindo-se numa análise da realidade e das potencialidades turísticas na ilha de Inhambane.

Neste trabalho propõe-se de forma específica a análise das potencialidades da ilha de Inhambane para a melhoria da oferta turística, explicando como as infra-estruturas básicas e específicas contribuem e poderão contribuir para o desenvolvimento do turismo na ilha de Inhambane. Os meios utilizados foram uma revisão bibliográfica, exploratória, descritiva e realizada por meio de um estudo de caso. Os resultados da pesquisa mostram que a ilha de Inhambane, apresenta condições para criação de infra-estruturas específicas que poderão alicerçar o desenvolvimento do turismo, pois este espaço é rico em recursos naturais e culturais, a população mantém os seus hábitos, costumes e valorizam a sua identidade. Em contrapartida há uma fraca rede de infra-estruturas básicas que possam viabilizar o aproveitamento dos recursos existentes. Apesar de obstáculos como inexistência de políticas e planos locais para o desenvolvimento do turismo, falta de consciência em relação ao turismo, insuficiência de infra-estruturas básicas, bem como em equipamentos e meios de apoio ao turismo, observa-se que estes problemas, para que possam ser solucionados, e consequentemente os componentes da oferta turística contribuam para o desenvolvimento do turismo na ilha de Inhambane, é necessário um envolvimento de todos stackholders através de um planeamento integrado e participativo.