RESUMO

Marcado pelo crescimento industrial e tecnológico, o século XIX acentuou à degradação do meio ambiente. A Lei do Ambiente Moçambicana, para contornar o cenário de degradação, recomenda que o meio ambiente seja ecologicamente equilibrado e preservado, sugerindo o desenvolvimento sustentável baseado no crescimento económico e na utilização dos recursos naturais de forma consciente, isto é, proíbe qualquer forma de degradação do ambiente fora dos limites legalmente estabelecidos. O presente estudo insere-se no contexto dos debates sobre os mecanismos de preservação ambiental e exemplifica a iniciativa privada de gestão de resíduos sólidos (GRS) desenvolvida por uma associação no município de Inhambane, especificamente nas praias do Tofo, Barra e Tofinho (TBT). De forma específica, propõe-se a demonstração das actividades da ALMA na GRS, mostrando como a limpeza do meio e a reciclagem dos resíduos sólidos contribuem para o desenvolvimento das actividades sustentáveis sobre o meio ambiente, sobre tudo para o turismo. Para o alcance dos objectivos seguiu-se o método analítico descritivo, utilizando a pesquisa bibliográfica e o trabalho de campo como estratégia metodológica para a análise das actividades da ALMA na GRS. Os resultados mostram que a ALMA contribui significativamente na GRS e na preservação e conservação do meio ambiente e dos ecossistemas que nele habitam, contribuindo desta forma para o desenvolvimento massivo da actividade turística nas praias de TBT. Esta é a única associação, num modelo público-privado, que desenvolve a actividade de GRS nas praias do município; contudo a mesma enfrenta dificuldades de (auto) financiamento para desenvolver continuamente a actividade e para abranger mais áreas no município de Inhambane e, igualmente, na venda dos produtos advindos do artesanato na base da reciclagem.

PALAVRAS-CHAVE: desenvolvimento sustentável; educação ambiental, turismo, ALMA; Tofo.