Última alteração: 2018-08-16
Resumo
Nos depósitos das seqüências da margem continental do Jurássico Superior Kimmerigdiano ao Cretácico Inferior Valanginiano da Serra do Rosário, Cordilheira do Guaniguanico pelo estudo de suas microfosies confirma-se presença de três facies fundamentais: facies de conchas e condições neríticas de mares abertos, facies de talud e facies com elementos de águas superficiais, representadas pelas formações Artemisa e Sumedero.
Foram realizados estudos micropaleontologicos a 28 amostras de rochas sedimentares da zona da margem continental Jurássico - Cretácico. As mesmas permitem precissar condições e ambiente de facies. A facie mais comum se corresponde com bacias e condições neríticas de mares abertos, a que caracterizou ambas as formações. Pôde-se estabelecer correspondência entre estes depósitos e as seqüências próprias dos cinturões 1 e 2 do Wilson (1975) a partir do estudo dos diferentes elementos lito e biofaciais das mesmas.
A facies de talud e a facies com elementos de águas superficiais estão menos distribuídas que a anterior. A evidência de packestone e rudstone contem oolitos e organismos bentónicos permitem associar estas seqüências com as próprias dos cinturões faciais 3 e 4 do Wilson. Observa se em ambas unidades um ligeiro predomínio na Formação Artemisa.
É confirmada a idade (Cretácico Inferior Berriasiano-Valanginiano) atribuída à Formação Sumedero. Não obstante foram datadas do Jurássico Superior-Cretácico Inferior (Berriasiano parte baixa) a presença da Saccocoma, prova litográfica não muito comum em rochas desta unidade.
Identificou-se para a Formação Artemisa a Biozona da Crassicollaria, de acordo com a presença do Nannoconus junto à Crassicollaria sp., Crassicollaria aff. C. brevis, formas grandes da Calpionella alpina e Colomisphaera sp., correspondente ao Tithoniano Superior .
Palavras chaves:
Depósitos, biozona, facies, microfossies