Actualmente, no campo do estudo do processo de ensino e aprendizagem discute-se muito sobre o ensino centrado no estudante, cujo objectivo é promover maior participação do estudante na construção do conhecimento, considerando assim, o ensino de activo. Neste âmbito, alguns investigadores da educação consideram o ensino tradicional de passivo e ultrapassado para a dinâmica actual. No entanto, sabe-se que quanto mais avançada é a matéria científica estudada tanto mais importante torna-se a exposição e explicação de seus pormenores pelo professor (com maior ou menor participação dos alunos). Este facto mostra a importância da metodologia tradicional nas diferentes etapas do PEA. Surge a questão: a final é possível fazer qualquer compromisso entre ensino passivo e activo, pelo menos para o caso de exposição e explicação de nova matéria difícil? Os autores respondem positivamente sobre esta questão. Eles argumentam que, usando o ensino problematizado (PBL para “Problem or Project Based Learning”), é possível tentar construir o compromisso entre os dois ensinos, assim transformando o puro ensino passivo em alguma espécie de ensino pelo menos quase activo, aproveitando assim das suas vantagens. O professor como mediador do processo, prepara a sequência das questões e propostas para a atenção dos estudantes, que eles discutem em grupo, aumentando a sua motivação para estudar a respectiva matéria. Isso exige do professor um domínio profundo dos conteúdos a mediar, investigação dos conhecimentos prévios, do meio socio-cultural do estudante, de modo a trazer problemas que sejam relevantes para o estudante e levem a uma aprendizagem significativa. Neste artigo os autores discutem vários cenários de aulas de Física, clássicos e modernos, onde aplicam os princípios do PBL para fazer exposição e explicação mais activas.

Palavras-chaves: Ensino problematizado, Ensino Tradicional e Activo, Ensino de Física.