Conferências UEM, X CONFERÊNCIA CIENTÍFICA 2018 "UEM fortalecendo a investigação e a extensão para o desenvolvimento"

Tamanho da fonte: 
AVALIAÇÃO DA ACTIVIDADE ANTI-DIABÉTICA IN VITRO DAS FOLHAS DE DUAS PLANTAS NATIVAS DE MOÇAMBIQUE: STRYCHNOS SPINOSA LAM. ( MASSALA) E VANGUERIA INFAUSTA BURCH. (MAPFILWA)
Atifa Issufo Sulemane, F Munyamana

Última alteração: 2018-09-04

Resumo


Introdução: A Diabetes Mellitus tipo II constitui um problema de saúde pública em Moçambique. Uma das estratégias de tratamento desta doença é a inibição das enzimas responsáveis pela hidrólise dos carbohidratos, e a acarbose que é fármaco utilizado para este fim, contém efeitos adversos a longo prazo. Face a este problema, actualmente existe um interesse crescente no uso de plantas medicinais como uma terapia alternativa porque contém diferentes constituintes químicos com potencial para inibição destas enzimas.

Objectivo: O presente trabalho teve como objectivo avaliar o efeito inibidor dos extractos aquoso e etanólico das folhas de S.spinosa e V.infausta sobre α-amilase.

Metodologia: Os extractos foram preparados por maceração dinâmica utilizando o etanol (96%) e água destilada como solventes. Fez-se a análise fitoquimica qualitativa dos extractos utilizando os métodos clássicos colorimétricos e de precipitação. Fez-se a quantificação dos taninos por gavimetria utilizando a reacção de Stiasny. Para a avaliação da inibição dos extractos utilizou-se o método colorimétrico com o ácido 3,5 dinitrosalicílico. O espectrofotômetro UV-VIS foi utilizado para a leitura dos resultados e a acarbose foi usada como inibidor padrão.

Resultados e Discussão: Os testes fitoquímicos revelaram a presença de alcalóides e taninos condensados nos extractos aquoso e etanólico. A percentagem dos taninos nas folhas de S.spinosa foi de 2.18% e de V.infausta. foi de 1.77%. O efeito inibidor (IC50) das folhas de S.Spinosa foi de 48,3 μg/mL (extracto aquoso) e 38.9 μg/mL (extracto etanólico). Para as folhas de V.infausta foi de 52.0 μg/mL (extracto aquoso) e 40.1 μg/mL (extracto etanólico). Os resultados do presente estudo indicam que embora os extractos de ambas as espécies apresentaram inibição sobre α-amilase, os extractos etanólicos de ambas as espécies foram os que obitveram menor valor de IC50.

Conclusão: Os alcalóides e taninos condensados identificados nas folhas das plantas em estudo podem ser os responsáveis pela inibição de α-amilase.

Palavras-chave: α-amilase; Diabetes Mellitus; Strychnos spinosa; Vangueria infausta