Conferências UEM, X CONFERÊNCIA CIENTÍFICA 2018 "UEM fortalecendo a investigação e a extensão para o desenvolvimento"

Tamanho da fonte: 
A QUESTÃO AGRÁRIA EM MOÇAMBIQUE: UM APONTAMENTO HISTÓRICO
Bonomar Adriano Macuácua

Última alteração: 2018-08-15

Resumo


O presente Estudo analisa a política económica de Moçambique (1975 – 1987) sob o ponto de vista do seu impacto na questão agrária, mais concretamente, na vida dos camponeses. O país alcançou a sua independência e seguiu a via socialista, facto que, por um lado, significou um afrontamento à Rodésia do Sul e à África do Sul como também ao Ocidente, particularmente aos EUA. Por outro lado, esta “opção socialista” teve um impacto negativo no que concerne àquilo que seria o significado da independência, para a vida dos camponeses.

 

Por seu turno, este facto acabou levando ao fracasso da agricultura, tida como sendo a base de desenvolvimento, levando assim a um fraco desenvolvimento de Moçambique e, contribuindo assim para a sua submissão do país às Instituições de Bretton Woods e à perpetuação da dependência económica. Contudo, sem negligenciar o impacto de outros factores (guerra de desestabilização, crise económica, mundial, seca, etc.) entendemos que um dos que mais contribuiu negativamente para o sucesso da agricultura e consequentemente para o fraco desenvolvimento do país foi, a marginalização dos camponeses.

 

Em suma, partindo de uma análise histórica, assente na pesquisa bibliográfica e documental, pode-se constatar que o lugar dos camponeses no âmbito da questão agrária em Moçambique, continua sendo pertinente no actual contexto, se afigurando assim como sendo de alguma pertinência, as “lições do passado”.

 

Palavras-chave: Agricultura, Socialismo, Dependência Económica.