A intensificação da aquacultura leva a necessidade de pesquisar fontes alternativas de suplementos alimentares de modo a reduzir os custos de produção, sem comprometer o rendimento, nem a saúde dos organismos cultivados. Uma das alternativas para a aquisição de alimentos para piscicultura, tem sido o uso de estrume de animais. Porém, o uso deste estrume na aquacultura pode acarretar inúmeros problemas de saúde para os organismos em cultivo. Uma das soluções para melhorar a saúde destes organismos é o uso de probióticos. O objectivo deste trabalho foi de avaliar os efeitos de dois probióticos no cultivo de alevinos de Oreochromis niloticus submetidos a um desafio microbiano com esterco de suínos. Foram utilizados 300 alevinos com peso e comprimento de 2±.0.05g e 5±0.06 cm, distribuídos em quatro tratamentos com três réplicas cada. O esterco de suínos era inoculado diariamente nos tratamentos um, dois e três, na proporção de 10% do peso vivo dos alevinos. Os probióticos usados foram Saccharomyces cerevisiae e Lactobacillus plantarum e foram suplementados na proporção de 0.5% por 100g de ração. No fim da experiência, fez-se análise de crescimento e da sobrevivência dos alevinos. Fez-se também contagem de unidades formadora de colónias de bactérias patogénicas presentes no intestino dos alevinos. Os resultados do crescimento e da sobrevivência dos alevinos demonstraram não haver diferenças significativas (p>0.05) entre os tratamentos. Os dados referentes às unidades formadoras de colónias, mostraram diferenças significativas entre os tratamentos (p<0.05). A utilização de S. cerevisiae como probiótico na alimentação de alevinos de Tilápia do Nilo reduziu o número de bactérias patogénicas no intestino dos alevinos e promoveu melhor desempenho produtivo. A suplementação de L. plantarum não influenciou o desempenho produtivo, a sobrevivência, nem a colonização intestinal quando comparado com controlo. Alevinos de O. niloticus, sob desafio microbiano mostraram sinais típicos de yersinioses, edwardisiooloses e micobacterioses.