Conferências UEM, X CONFERÊNCIA CIENTÍFICA 2018 "UEM fortalecendo a investigação e a extensão para o desenvolvimento"

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Gestão Co-participada da Reserva Nacional de Chimanimani: Um Desafio para as Políticas Florestais Integradas
sr. Erasmo Jose

Última alteração: 2018-08-16

Resumo



Autor: Ezequias Erasmo JOSÉ

O envolvimento de múltiplos actores na gestão de políticas públicas é a mais moderna abordagem adoptada por governos de diferentes países tais como, Dinamarca, Malásia, Canadá e Zâmbia para responder às expectativas dos cidadãos através da sua colaboração na elaboração e implementação das políticas públicas. Aliás, é igualmente uma modalidade usada para diminuir a intervenção do Estado na gestão pública. Triangulou-se vários métodos e técnicas de pesquisa aplicadas nas ciências sociais em geral e na Administração Pública em particular. Foram observados três níveis básicos: pesquisa bibliográfica, entrevistas semi-estruturadas e o método indutivo. Se por um lado, as autoridades centrais, provinciais e os doadores estão preocupados em melhorar a gestão de Chimanimani na base de uma abordagem exclusivamente burocrático e técnica, por outro, as comunidades vêm nos mesmos recursos de Chimanimani, elementos de melhorar as suas condições de sobrevivência quotidiana. O trabalho aborda o objecto a partir da perspectiva de gestão co-participada de Chimanimani, vista como um mecanismo colaborativo de conjugação de sinergias e teoria de leitura da acção pública. Pressupõe-se que estando vários actores envolvidos na gestão da reserva faz com que apreendam os grandes objectivos de gestão por detrás do problema. Para o caso de Chimanimani, a garantia de confluência de interesses entre vários actores e consequentemente, o sucesso da gestão da Reserva de Chimanimani está associado aos mecanismos de coordenação e interacção entre o Banco Mundial, o governo, o sector privado, as ONG’s e os actores locais na gestão conjunta e activa, assim como, ao desenvolvimento de actividades sustentáveis em termos económico, social e ambiental tais como: ecoturismo, fomento da produção de mel, de peixe nas comunidades, capacitação das comunidades como fiscais e guias turísticas.

Palavras-chave: conservação dos recursos; confluência de interesse; Reserva de Chimanimani; gestão co-participada e ecoturismo.