Conferências UEM, X CONFERÊNCIA CIENTÍFICA 2018 "UEM fortalecendo a investigação e a extensão para o desenvolvimento"

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CARGA E IMPACTO DA INFECÇÃO POR PLASMODIUM FALCIPARUM EM MULHERES GRÁVIDAS DE SUL DE MOÇAMBIQUE
Gloria Graca Matambisso

Última alteração: 2018-08-13

Resumo


Introdução: O aumento dos efeitos prejudiciais relacionados com a malária, observado entre as mulheres grávidas moçambicanas após drásticas reduções da malária durante a última década, sugerem que é necessário monitorar a transmissão para identificar rapidamente reacções adversas.

Objectivo: Determinar a prevalência e o impacto clínico da infecção por Plasmodium falciparum em mulheres grávidas nos distritos de Manhiça e Magude – Maputo.

Metodologia: Estamos a conduzir um estudo observacional prospectivo durante 3 anos em três unidades sanitárias com diferentes níveis de transmissão da malaria, na província de Maputo (Hospital Distrital de Manhiça, Centro de Saúde de Ilha Josina e Centro de saúde de Magude). O recrutamento é feito nas primeiras visitas pré-natais, parto e visita com sinais e sintomas de malária com colheita de amostras de sangue papel de filtro. As amostras estão sendo analisadas pela técnica de reacção em cadeia de polimerase quantitativa (qPCR) para avaliar a presença do parasita.

Resultados preliminares: Temos até 15 de Abril de 2018, 3623 amostras analisadas por qPCR. A média de idade (desvio padrão-DP) é de 25.24 (6.59) para Manhiça; 25.67 (6.18) para Magude e 26.25 (7.42) para Ilha Josina. Nas visitas pré-natais, a média (DP) da idade gestacional por semanas é de 20.83 (5.92) em Manhiça; 21.81 (4.88) em Magude e 18.81 (5.14) em Ilha Josina. A média de hemoglobina em g/dL (DP) é de: 10.31 (1.73) em Manhiça; 10.72 (1. 41) em Magude e 10.83 (1.27) em Ilha Josina. A prevalência de HIV é de 31.82 (1153/3623). Por área temos 32.96% (757/2297) em Manhiça; 30.36% (340/1120) em Magude e 27.18% (56/206) em Ilha Josina. A prevalência de infeccção por qPCR é de 8.5% (311/3623). Por área, temos as seguintes prevalências: 31.6% (65/206) em Ilha Josina; 7.7% (178/2297) em Manhiça e 6.1% (68/1120) em Magude.

Principais conclusões: A prevalência de infeccão relativamente baixa observada em Magude pode ser resultado das actividades de eliminação da malaria. Contudo, os reusltados do impacto da malária estão em anáiise.

Palavras chaves: Plasmodium falciparum, Malária na gravidez, PCR, vigilância, transmissão da malária.