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INTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS ENTRE HUMANOS E MOSQUITOS PARA AVALIAR A EFICÁCIA PROTECTORA DAS REDES MOSQUITEIRAS TRATADAS COM INSECTICIDAS E A EXTENSÃO DA TRANSMISSÃO RESIDUAL DA MALÁRIA
Última alteração: 2018-08-13
Resumo
RESUMO
Introdução: Os pilares para o controlo vectorial da malária são redes mosquiteiras com insecticida (RTIs), redes mosquiteiras tratadas com insecticida de longa duração (REMILDs) e pulverização intra-domiciliar (PIDOM). Contudo, a sua eficácia tem sido dificultada por dois principais motivos: 1. mosquitos desenvolvem resistência aos insecticidas, e 2. transmissão residual da malária. O presente estudo tentou entender a contribuição do comportamento humano para a transmissão residual da malaria.
Métodos: Entrevistas utilizando um questionário com intuito de identificar comportamentos específicos estratificado em 3 grupos etários: (i) crianças (5 – 11 anos), adolescentes (12 – 17 anos) e (iii) adultos (> 18 anos), almejando capturar tempo em que os participantes foram para cama, acordaram, as actividades antes de ir a cama/depois de acordar. Mosquitos Anopheles spp foram colectados em 6 sites utilizando CDC-LT com garrafas rotadoras programadas para colher a cada duas horas. Espécies foram diferenciados por identificação morfológica e confirmados por PCR.
Resultados: Espécies primárias de vectores foram o Anopheles gambiae s.l e Anopheles funestus s.l e alimentaram-se dentro das casas, mas houveram também espécies secundárias de vectores como Anopheles squamosus que demonstraram comportamento endofágico e endofilíco. Existiu um intervalo de 1h entre o tempo em que os participantes entraram no interior das casas (20:00h) e o tempo que eles foram dormir (21:00h) e nessa altura aproximadamente 60% dos mosquitos já tinham sido capturados.
Conclusão: Existe uma exposição significante a picadas de mosquito antes das pessoas irem dormir, que sugere o uso de repelentes individuais/espaciais. Outras medidas como o melhoramento de casas para prevenção da entrada de mosquitos deve ser considerada viável.
Introdução: Os pilares para o controlo vectorial da malária são redes mosquiteiras com insecticida (RTIs), redes mosquiteiras tratadas com insecticida de longa duração (REMILDs) e pulverização intra-domiciliar (PIDOM). Contudo, a sua eficácia tem sido dificultada por dois principais motivos: 1. mosquitos desenvolvem resistência aos insecticidas, e 2. transmissão residual da malária. O presente estudo tentou entender a contribuição do comportamento humano para a transmissão residual da malaria.
Métodos: Entrevistas utilizando um questionário com intuito de identificar comportamentos específicos estratificado em 3 grupos etários: (i) crianças (5 – 11 anos), adolescentes (12 – 17 anos) e (iii) adultos (> 18 anos), almejando capturar tempo em que os participantes foram para cama, acordaram, as actividades antes de ir a cama/depois de acordar. Mosquitos Anopheles spp foram colectados em 6 sites utilizando CDC-LT com garrafas rotadoras programadas para colher a cada duas horas. Espécies foram diferenciados por identificação morfológica e confirmados por PCR.
Resultados: Espécies primárias de vectores foram o Anopheles gambiae s.l e Anopheles funestus s.l e alimentaram-se dentro das casas, mas houveram também espécies secundárias de vectores como Anopheles squamosus que demonstraram comportamento endofágico e endofilíco. Existiu um intervalo de 1h entre o tempo em que os participantes entraram no interior das casas (20:00h) e o tempo que eles foram dormir (21:00h) e nessa altura aproximadamente 60% dos mosquitos já tinham sido capturados.
Conclusão: Existe uma exposição significante a picadas de mosquito antes das pessoas irem dormir, que sugere o uso de repelentes individuais/espaciais. Outras medidas como o melhoramento de casas para prevenção da entrada de mosquitos deve ser considerada viável.