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A África Subsaariana concentra o maior fardo do cancro do colo do útero em todo o mundo. A introdução da vacina contra o vírus papiloma humano para prevenir a doença em países de baixa e média renda é uma abordagem urgente e estratégica para atingir as metas globais de saúde para a saúde da mulher. Avaliar a conscientização sobre o cancro do colo do útero e infecção por vírus papiloma humano e a aceitabilidade antecipada da vacina contra o vírus papiloma humano entre adolescentes.
Um estudo quantitativo transversal foi realizado em três distritos de Moçambique (Manhiça, Kha-Mavota e Mocímboa da Praia) antes do primeiro ciclo de vacinação contra o vírus papiloma humano. O estudo teve como alvo adolescentes de 10 a 19 anos identificadas em escolas e comunidade. Entrevistas estruturadas foram conduzidas para avaliar o conhecimento sobre o cancro do colo do útero, prevenção do vírus papiloma humano e a aceitabilidade de vacinar contra o vírus papiloma humano.
Um total de 1147 adolescentes foram selecionadas. A maioria [84% (967/1147)] ouviram falar do cancro do colo do útero, mas apenas (373/1144) reconheceram já ter ouvido falar do vírus papiloma humano. Quando perguntadas se aceitariam ser vacinadas se uma vacina estivesse disponível em Moçambique, 91% (1025/1130) das meninas responderam positivamente. Factores associados a aceitabilidade foram: nível de escolaridade, e conhecimento prévio sobre cancro do colo do útero e sua prevenção. O estudo antecipou uma alta aceitabilidade de vacinar contra o vírus papiloma humano entre as adolescentes, bem como consciencialização sobre cancro do colo do útero. Estes resultados sugerem que os programas de educação em saúde são crucias para a aceitação de novas ferramentas para prevenir o cancro do colo do útero, e se encorajam para avançar na redução da mortalidade e morbidade relacionada ao cancro do colo do útero em Moçambique. Palavras-chave: Vírus papiloma humano; vacina; cancro do colo do útero; aceitabilidade