O presente artigo tem como objetivo retratar a contextualização histórica e prática da Inclusão Escolar enquanto um caminho para uma educação de/e para todos e todas como componente política e psicopedagógica num país do Sul, tendo em conta o viés espaço-temporal característico. Esta reflexão crítica assenta-se na abordagem sociológica das Epistemologias do Sul em Boaventura de Sousa Santos; na Educação Comparada de António Nóvoa; e na concepção de inclusão de autores como Mel Ainscow e Stubbs. Este texto resulta do levantamento e discussão de um arcabouço de trabalhos que retratam sobre a Educação Inclusiva no contexto moçambicano desdobrando-se em: (1) Questões históricas; (2) Questões sócio-político; e, (3) Experiências e práticas de Educação Inclusiva no Ensino Superior. A realização deste estudo qualitativo foi possível através de um levantamento bibliográfico e normativo-legal do ensino superior e a administração de entrevistas a respondestes (docentes, gestores e corpo técnico-administrativo). O eixo das considerações finais aponta que embora o Ensino Superior seja antigo no país ainda persistem desafios na implantação e implementação desta filosofia nas Instituições de Ensino Superior. Outrossim, alguns poucos marcos  neste subsistema dizem respeito a existência de similitudes que vão desde a conjuntura social e histórica que caracteriza o percurso histórico de uma educação responsiva às necessidades emergentes notórias na gestão e docência no ensino superior.