O teor deste artigo intitulado As sombras do humanismo na harmonia da natureza: leitura fenomenológica sobre a crise ambiental e a emergência da sustentabilidade tem a pretensão da reconstrução ontológica da natureza enquanto um organismo vivo a partir das consequências do humanismo e dos dramas que o homem tecnocientífico e a natureza vivem nos últimos séculos, a catástrofe ambiental. Por isso, o seu objetivo primordial é analisar o ideal humanista na sua relação com a natureza a partir do fenómeno da catástrofe ambiental e da metafísica da sustentabilidade. Para o seu maior rigor científico, a abordagem é bibliográfica, por auxílio do método fenomenológico-hermenêutico. A leitura dos fenómenos trágicos ligados ao meio-ambiente devem vincular-se a desconstrução do antropocentrismo, tendo presente as suas intervenções predatórias e dinâmicas irresponsáveis que destrói o planeta em que habitamos com a incerteza de um ambiente sadio e habitável para as gerações futuras. Com efeito, a emergência de uma abordagem metafísica da sustentabilidade desperta-nos para uma atitude de respeito pela natureza e o dever de preservá-lo na nossa maneira de ser, agir e relacionar-se com mundo. E para o desencadeamento mais acurado do tema em questão, sob três momentos estruturais, buscar-se-á fazer uma analítica da natureza, a começar com a relação do homem e da natureza no evento epocal, seguido de um tratado da questão ambiental entre políticas, discursos e práticas sustentáveis, para finalizar com desafios e perspectivas de um compromisso ontológico para com a natureza.

Palavras-chave: Crise ambiental, humanismo, natureza, sustentabilidade.

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