A infecção pelo HIV e a mortalidade relacionada à SIDA têm impactado significativamente o segmento jovem, especialmente adolescentes e jovens mulheres. Em contextos de crise, como conflitos armados, mudanças climáticas e a pandemia da Covid-19, a fome e a pobreza se agravam, resultando em deslocamentos forçados e insegurança alimentar, ansiedade e depressão, principalmente entre mulheres e crianças. Nesse cenário, as jovens mulheres tornam-se particularmente vulneráveis ao HIV devido à fragilidade e à predação sexual que enfrentam, juntamente com desigualdades de poder entre homens e mulheres, oportunidades económicas limitadas e falta de acesso à educação sexual abrangente.

A combinação de necessidade, oportunidade e consumo moderno incentiva a prática de relações sexuais transacionais e transgeracionais, onde jovens mulheres se submetem às vontades do Sugar Dady em busca de recursos, ficando em desvantagem na negociação do uso de preservativos por dependerem desses recursos. Isso leva a um aumento nas infecções de HIV não diagnosticadas e a gravidezes indesejadas. Esta revisão da literatura tem como objetivo analisar os relacionamentos entre "Sugar Daddies" e "Marandzas" e o risco do HIV. As relações que envolvem assimetrias de idade e económicas, como entre Sugar Daddies e Marandzas, apresentam baixo uso de preservativos. Evidências da literatura sugerem que os Sugar Daddies vêm o preservativo como desconfortável e cansativo, enquanto as "Marandzas" consideram os serviços sexuais como uma forma de acesso a "pequenos luxos" e esperam ser pagas por eles. Intervenções e políticas voltadas para as relações sexuais entre adolescentes e jovens mulheres e Sugar Daddies devem ser baseadas em uma compreensão completa do problema e devem buscar engajamento com as comunidades para encorajar os homens a se tornarem promotores e apoiadores das mulheres.