O aumento das concentrações de metais pesados ​​no solo devido às actividades industriais tem efeitos nocivos ao meio ambiente e à saúde humana. O presente estudo investigou plantas nativas com potencial para restaurar solos industriais. A análise por Espectroscopia de Emissão Óptica por Plasma Acoplado Indutivamente (ICP-OES) revelou que a concentração de metais pesados ​​nos solos variou entre as áreas industriais. Dentre todos os metais pesados ​​estudados, as concentrações de arsénio (As) e Cr (crómio) no solo foram maiores do que os valores de referência para a África do Sul e FAO/OMS em todas as áreas industriais e para o cádmio (Cd) este comportamento foi verificado em apenas uma das áreas estudadas. Todos os metais alumínio (Al), As, Cd, cobalto (Co), Cr, molibdénio (Mo), níquel (Ni), chumbo (Pb) e zinco (Zn) encontrados nos solos das áreas industriais também foram detectados nas raízes e na parte aérea das plantas nativas. As espécies Cynodon dactylon, Panicum maximum e Urochloa mosambicensis apresentaram factores de bioacumulação, bioconcentração e translocação superiores a um, podendo ser consideradas como potencialmente adequadas para a fitoextração de Ni e Zn. A espécie Eragostris sp. apresentou factor de bioconcentração maior que um e factor de translocação menor que um para Cr e Zn e pode ser considerada potencial fitoestabilizadora desses dois metais. Dentre as espécies vegetais estudadas, Chloris virgata foi a única com o factor de translocação maior que um para os nove metais pesados/elementos estudados. No presente estudo as espécies Cynodon dactylon, Panicum maximum, Urochloa mosambicensis, Eragrostis sp., Chloris virgata apresentaram potencial para serem utilizadas em futuros programas de restauração de solos industriais.