Conferências UEM, XII CONFERÊNCIA CIENTÍFICA DA UEM 2023: Investigação, Extensão e Inovação no Contexto das Mudanças Climáticas

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Efeitos socioeconómicos da pandemia da COVID-19 sobre os agregados familiares da cidade da Matola
Hornélia Manuel Bambo

Última alteração: 2023-08-05

Resumo


Efeitos socioeconómicos da pandemia da Covid-19 sobre os agregados familiares do Município da Matola Autor: Hornélia Manuel José Caetano BamboCo-autor: Prof.Dr Luís ArturEntre finais de 2019 e princípio de 2020 o mundo vivenciou o surgimento da pandemia da Covid-19 cujo impactos continuam, até hoje, por se apurarem em diferentes contextos do mundo. Foi neste âmbito que foi realizada a presente pesquisa com o objectivo de avaliar o efeito socioeconómico da COVID-19 nos agregados familiares da Cidade de Matola. Para o efeito, foi realizado um inquérito à 150 agregados familiares (AFs) na cidade da Matola utilizando amostragem probabilística sistemática. E os dados foram depois analisados com recurso a estatísticas descritivas com o suporte dos programas estatísticos STATA versão 14, 16 e Excel versão 2016. Os efeitos da pandemia foram avaliados focando nas mudanças ao nível da renda do agregado, posse de bens e segurança alimentar (em fevereiro de 2022). Os resultados do estudo mostram que, quanto as características gerais dos agregados familiares entrevistados, a maioria são chefiados por homens com idade média de 46 anos. Em relação a situação geral da Covid-19, dos 150 agregados entrevistados apenas 18 foram diagnosticados com Covid-19 e 17 conseguiram recuperar-se da doença. Outrossim, em relação a fonte de renda, os resultados da pesquisa mostraram que, na cidade da Matola, a principal fonte de renda é o emprego formal e, os AFs que dependem desta renda tiveram menos mudança com a pandemia quando comparados com os AF's que tem o comércio informal como principal fonte de renda, pois, o seu rendimento nesta actividade reduziu significativamente. Em termos de género, os resultados mostram que as mulheres que são chefes de AF tem menos oportunidade de trabalhar e gerar renda. Quanto a posse de bens, os resultados mostram que os agregados familiares não adquiriram novos bens mas também não venderam os seus bens para fazer face a pandemia. Com relação a situação da segurança alimentar, em fevereiro de 2022, os resultados mostram que a maioria dos AF's estava em situações de pouca fome (76.67%) e maior parte não adoptou estratégias de sobrevivência.Palavras Chave: Covid-19, Matola, renda, bens, mudanças