Última alteração: 2023-08-07
Resumo
1Departamento de Geologia, Faculdade de Ciências – UEM, Av. Moçambique, Km 1.2 – Maputo. E-mail: britojuniorbande@gmail.com
2,3ISCTEM e Museu Nacional de Geologia, Av. 24 de Julho, 355, Maputo, Moçambique: E-mail. moiana2000.mm@gmail.com
2,4Museu Nacional de Geologia e Universidade Witswatersrand – RAS, Av. 24 de Julho, 355, Maputo, Moçambique. E-mail: nelnhamutole@gmail.com
1Departamento de Geologia, Faculdade de Ciências – UEM, Av. Moçambique, Km 1.2, Maputo, Moçambique. E-mail: farissej@gmail.com
ResumoOs basaltos colunares de Matsequenha constituem o único exemplar de disjunção colunar conhecido no país. Localizados a nordeste do Posto Administrativo de Namaacha-Sede, a região é caracterizada pela ocorrência de geossítios com um interesse científico, turístico e cultural invejável. Com o objectivo de compreender a relevância científica do geossítio e o grau de preservação dos basaltos colunares de Matsequenha, fez-se a inventariação e quantificação dos elementos que ocorrem neste geossítio, seguido de análise das principais ameaças que colocam em risco a sua integridade. Constatou-se que os basaltos colunares de Matsequenha apresentam colunas regulares, com um padrão de disjunção maioritariamente pentagonal e por vezes hexagonal, com um diâmetro médio que varia de 21 a 35 cm e o comprimento médio relativo das colunades que atinge 4 m. As colunas estudadas apresentam estrias bandamentos que acompanham a sua deformação em dobras do tipo Chevron e apresentam vesículas preenchidas por um material criptocristalino de composição carbonática. Do ponto de vista da valoração, os dados obtidos evidenciam que os basaltos colunares de Matsequenha apresentam uma considerável relevância científica e educativa, calculada em [A = 0.56], associada às características morfológicas, petrográficas e estruturais. Quanto ao grau de vulnerabilidade, calculada em [V = 0.66], o geossítio encontra-se em riscos de extinção devido à sua exploração como material de construção. Com base nesta avaliação qualitativa e quantitativa, concluiu-se que os basaltos colunares apresentam um interesse patrimonial, dada a sua raridade e feições morfológicas, que fazem do geossítio um local ideal para a realização de estudos petrológicos, mineralógicos, tectónicos e estruturais. No entanto, existe uma urgente necessidade de proteger este local, de modo a garantir a sua prevalência para o desenvolvimento de pesquisas científica, formação de geocientistas e a prática de actividades de lazer através do geoturismo.
Palavras-chave: Basaltos colunares, geoconservação, Matsequenha, Geossítio, Quantificação