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Em Moçambique, a criação extensiva de caprinos é uma actividade considerável nas zonas rurais, como fonte de proteína de elevada qualidade e estimulando o desenvolvimento económico. Contudo, a eficiência produtiva desses animais é limitada, pois alguns princípios de maneio não são respeitados, observando-se a ausência de suplementação alimentar principalmente nos períodos de seca e o acesso limitado de desparasitantes quimioterapéuticos aos pequenos produtores resultando numa grande infestação parasitária e fraco desempenho produtivo dos animais. Assim objectivou-se avaliar a suplementação com feno de folhas de mandioca no desempenho do ganho de peso, rendimento de carcaça e controlo parasitário em caprinos, por formas a encontrar alternativas de menor custo, para minimizar o problema do baixo desempenho e alta incidência de parasitas gastrointestinais. O ensaio foi realizado em 2015 na farma do Instituto Superior Politécnico de Gaza, com 30 caprinos da raça Landim com 4-5 meses, e 13kg de peso médio, submetidos a 5 tratamentos: T0 (pasto natural); T0ALBZ (albendazol + pasto natural); T1 (FFM a 1,5% do Peso Vivo do animal em quilogramas + pasto natural); T2 (FFM a 2% do Peso Vivo + pasto natural) e T3 (FFM a 3% do Peso Vivo + Pasto natural), com 6 animais por tratamento, num delineamento inteiramente causalizado. A selecção dos animais baseou-se na contagem de ovos por grama de fezes maior ou igual a 150 e não terem sido tratados c anti-helmíntico nos últimos 2 meses. No ganho de peso e rendimento de carcaça não houve diferenças significativas (P˃0,05) entre os grupos, contudo, o T3 (43,13%) teve o melhor rendimento. O T3 também demonstrou maior eficácia anti-helmíntica aos 60 e 90 dias (96% e 92%) quando comparado ao T0ALBZ (93% e 87%) respectivamente. Pode-se concluir que o T3 contribuíu para um bom rendimento de carcaça e melhor controlo de nematodos gastrointestinais em caprinos.