Conferências UEM, XI CONFERÊNCIA CIENTÍFICA 2020: Investigação, Extensão e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável

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ESTUDO TERMOANALITIVCO DOS CARVOES DE MOATIZE
Tatiana Kuleshova

Última alteração: 2021-08-04

Resumo


José Jubelito,  LopoVasconelos, Tatiana Kuleshova

Resumo

 

Embora muitas propriedades físicas e químicas dos vários carvões moçambicanos, em especial os do Distrito de Moatize, sejam relativamente bem conhecidas sob o ponto de vista técnico-científico, não se conhecem, contudo estudos sobre as suas propriedades térmicas com a ajuda da Análise Termogravimétrica (TG) e Termogravimetria Derivada (TGD) nos carvões de Moçambique. Como resposta a esta lacuna, surge o presente trabalho que tem como objectivos fazer um estudo do comportamento térmico, estabilidade, fases de pirólise dos carvões moçambicanos com base na produção de termogravigramas da variação de massa dos carvões com sua posterior análise. Em geral todos os termogravigramas apresentam 3 zonas/áreas nas curvas TG-TGD, a citar (i) entre 25-200ºC, que corresponde à zona de desidratação da amostra, (ii) entre os 255-650ºC onde ocorrem processos de desvolatilização (primária e secundária) e por fim (iii) após os 750ºC quando a curva tende a ficar rectilínea sugerindo que toda a amostra foi consumida ficando somente o resíduo (cinzas). A pirólise das amostras carvão em estudo ocorre em duas fases: a primeira fase consiste na quebra das ligações entre as unidades aromáticas e a segunda fase consiste no cracking, hidrogenação ou aglomeração dos produtos resultantes da primeira fase resultando em gases, condensação, formação de char ou semi-coque. Deste modo a quebra de ligações resulta na formação de um grande número de radicais que, por sua vez, compõem a MV dissipada. Estes radicais são muito reactivos e por esta razão levam à formação de reacções secundárias, podendo ocorrer interior assim como exteriormente no carvão.As amostras TM CVP 04 e 06 apresentam um fenómeno termoplástico-ganho de massa, o ganho de massa é devido à adsorção (neste caso pode ser por quimissorção) do oxigénio (C=O), alguns autores como Wang (2013), Avila et al (2014), afirmam que este processo de ganho massa ocorra por oxidação do carvão a baixas temperaturas não superiores a 400 ºC.

Palavras-chave: Temperatura, Pirólise, Combustão, Termogravimetria, Adsorção.