Com a presente comunicação pretende-se dissertar sobre o contributo do Nacionalismo Africano na luta pela independência em Moçambique, através das linhas de leitura de “Lutar por Moçambique” de Eduardo Mondlane. O Nacionalismo Africano é resultado de tomada de consciência política do Africano face aos problemas gerados pela colonização no continente africano, tendo como fim, primordialmente, a libertação do domínio colonial e o desenvolvimento nas suas variadas facetas. Os movimentos nacionalistas em África surgem sob influência estrangeira, através de intelectuais da diáspora, influenciados pelos movimentos revolucionários na primeira metade do século XX. No caso de Moçambique, “encorajados pelo liberalismo da nova república em Portugal (1910-1926), estes grupos formaram sociedades e criaram jornais nos quais conduziram campanhas contra os abusos do colonialismo, exigindo direitos iguais” (Mondlane, 1976, p. 111). É neste contexto que surge Eduardo Mondlane, como figura representativa da consciencialização política do Africano, particular destaque para o Moçambicano, e na luta pela independência do seu país. O Nacionalismo Africano é, portanto, a expressão política do Africano sob o jugo colonial, que conduziria Moçambique ao processo de luta armada e consequente independência em 1975.

Palavras-chave: Nacionalismo Africano; consciência política; libertação; independência.