A percepção de risco no turismo está associada à ameaça, perigo, medo, receio e incerteza (Adam, 2015; Aschauer, 2010; Chew & Jahari, 2014; Cui, Liu, Chang, Duan, & Li, 2016; Li, Pearce, Morrison, & Wu, 2015; Wang, 2015). Factores como a instabilidade política, os problemas socioeconómicos, os altos índices de mortalidade causadas por doenças como a malária e o HIV-SIDA (Astill-Brown & Weimer, 2010; Silva, 2013) e a localização geográfica associada aos efeitos das mudanças climáticas (INGC, 2014), podem convergir para uma perceção de Moçambique como um destino turístico pouco seguro. A ausência de pesquisas neste campo dificultam o estabelecimento de estratégias de marketing reais que possam elevar a competitividade do turismo em Moçambique (MICULTUR, 2015). Com base na revisão da literatura, fez-se a seleção de 28 atributos de risco associado ao turismo (por exemplo, Roehl and Fesenmaier, 1992; Sonmez and Graefe, 1998; Lepp and Gibson, 2003; Fuchs and Reichel, 2004; Floyd and Pennington-Gray, 2004; Dolnicar, 2005; Reisinger and Mavondo, 2008; Lepp, Gibson and Lane, 2011; Björk and Kauppinen-räisänen, 2011; Schroeder et al., 2013; Sharifpour, Walters and Ritchie, 2014; Adam, 2015; Khan, Chelliah and Ahmed, 2017) para analisar os fatores determinantes da percepção  de risco de Moçambique como destino turístico. Recorrendo a escala de Likert de 1 (discordo completamente) a 7 (concordo completamente), os atributos foram avaliados através de um inquérito por questionário a uma amostra de 382 indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, que tenham viajado ou não para Moçambique. Problemas relacionado com transportes, comunicações e serviços de alojamento podem representar riscos de funcionamento enquanto que receios  de assaltos ou roubos,  de doenças e de ser envolvido em actos de suborno constituem riscos pessoais e financeiros. Portanto, constituindo desafios a considerar no desenho de estratégias que estimulam a competitividade do destino.