O presente artigo avalia a influência dos aspectos culturais sobre a qualidade ambiental a quando do desenvolvimento da actividade de garimpo no distrito de Manica Localidade de Penhalonga concretamente nas comunidades de Cacárue, Munhena e Penhalonga Sede. As comunidades em destaque caracterizam-se por estarem estreitamente ligadas a actividade de exploração artesanal de ouro (garimpo). O garimpo na área estudada data desde a era pré-colonial. A partir do século X o era exportado para o Médio Oriente, Índia e até à China. O garimpo assistiu uma paragem durante a guerra dos dezasseis anos tendo sido activado após os Acordos de Paz em 1992. Os habitantes da área de estudo criaram uma ligação sócio-cultural estreitam com o garimpo o que tem influenciado substancialmente as suas formas de se lidar com actividade. O garimpo é uma das actividades com efeitos negativos sobre o ambiente assinaláveis o que tem levado a intervenções a diversos níveis com vista a mitigação dos seus efeitos negativos. As diversas acções desenvolvidas para minimização dos efeitos negativos do garimpo encaram um desafio a medida que os praticantes apresentam hábitos assumidos, que interferem de certo modo na forma como todo processo (garimpo) é levado a cabo. O garimpo por sua vez destaca-se como sendo o poluidor das águas, alteração da qualidade dos solos, eliminação da fauna, alteração da paisagem cénica, entre outros males. O Artigo demonstra a relação entre a cultura, desenvolvimento do garimpo e os impactos ambientais negativos daí resultantes o que poderá melhorar as decisões sobre as acções a serem observadas na minimização ou eliminar os impactos negativos resultando do garimpo.

Palavras Chaves: Cultura – Garimpo - Ambiente