Última alteração: 2021-07-04
Resumo
S. C. Nhantsumbo-Divage
Neste artigo reflectimos sobre a assistência social aos portadores de transtorno mental para responder aos encargos (económicos, sociais e emocionais) decorrentes da responsabilização da família pela prestação de cuidado ao paciente com trastorno mental.
Analisámos de artigos jornalísticos publicados no Jornal Notícias durante o período de vigência da Estratégia e Plano de Acção para a saúde Mental 2006-2015. Estes abordam questões sobre saúde mental e indigência nos grandes centros urbanos do país e foram publicados entre Janeiro de 2006 e Dezembro de 2016. Nos artigos, são relatadas questões relacionadas com a falta de um serviço de assistência social preste a assista aos pacientes portadores de transtornos mental e seus cuidadores, como complemento da assistência terapêutica recebida em regime ambulatório.
Concluímos que a dificuldade de minimização dos factores de risco do transtorno mental comum aumenta a incidência de casos e a susceptibilidade de discriminação e de abandono devido a falta de mecanismos que promovam serviços de saúde mental como complemento à assistência psiquiátrica e que respondam os encargos sociais e económicos decorrentes do cuidar de paciente portador de transtorno mental.
Esperamos, desta forma, produzir subsídios que permitam melhorara capacidade de provisão de serviços de psiquiatria e saúde mental e apoio psicossocial abrangentes, integrados e compreensivos ao nível do Serviço Nacional de Saúde e, que ao mesmo tempo, de reduzir o impacto dos factores socioculturais e económicos que determinam e influenciam o cometimento por transtorno mental, a procura, oferta e utilização de serviços de saúde mental e assistência psiquiátrica em todos os níveis do Serviço Nacional de Saúde.
Palavras chave: Assistência psiquiátrica, Serviços de saúde mental, Transtorno mental comum, Determinantes sociais de saúde mental, Serviço Nacional de Saúde