Palavras-chave: Género, Chefia feminina, Pobreza, Transmissão Intergeracional da pobreza

Em Moçambique, estudos mostraram diferenças relacionadas ao acesso aos recursos entre homens e mulheres. Como em outras partes do mundo, essas diferenças fazem com que frequentemente, agregados familiares chefiados por mulheres sejam conotados como os mais pobres entre os pobres, principalmente em áreas rurais.

A pobreza em famílias chefiadas por mulheres, embora careça de estudos aprofundados, já é um campo minimamente estudado em Moçambique, porém, ainda existe uma lacuna em relação a transmissão desta de uma geração para outra.

Este estudo será realizado na província de Nampula, onde segundo dados do CENSO 2017, cerca de 30, 7% dos agregados familiares são chefiados por mulheres e dados do IMASIDA 2015, mostram que esses agregados são mais pobres, comparando com os agregados chefiados por homens.

A análise do risco de transmissão intergeracional da pobreza, levará em conta aspectos como educação, saúde e renda, que tem sido apontados como elementos fulcrais da mobilidade social e do rompimento do ciclo da pobreza de uma geração para outra.