Última alteração: 2021-07-12
Resumo
Autor: M. A. Sengo
A tuberculose se destaca como um dos principais problemas de saúde global, classificando-se como a segunda maior causa de morte por doença infecciosa globalmente, após o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) Moçambique faz parte dos 30 países no mundo que apresentam o maior número de casos de TB e com incidência em torno de 500/100000 habitantes.
Mais ainda, a situação é agravada pela determinação social, condições desfavoráveis de vida, que incluem precárias condições de residência por falta de política social e habitacional, atreladas ao desemprego e á pobreza, entre outros determinantes sociais e ambientais que contribuem para o aumento da morbidade e mortalidade por tuberculose. O objectivo é analisar a distribuição espacial da morbidade e mortalidade por Tuberculose e sua relação com determinantes sociais e económicos na Cidade de Maputo, Sofala e Nampula nos anos censitários 2007 e 2017.
O estudo é do tipo ecológico, retrospectivo com abordagem quantitativa no qual far-se-á uma análise espacial e temporal em saúde. Estudos deste tipo procuram avaliar como os contextos socioeconómicos e ambientais podem afectar a saúde de grupos populacionais em uma área geográfica bem delimitada.
O estudo mostra que a doença não atinge todos os grupos populacionais com a mesma intensidade, os que estiveram mais vulneráveis de facto são os que habitam em regiões com menor infra-estrutura e por onde o fluxo de população é intenso. As técnicas de análise espacial mostram-se úteis como instrumento a ser utilizado pelas autoridades de saúde para a prevenção e combate a tuberculose.
Palavras-chaves: Tuberculose; distribuição espacial e determinantes socioeconómicos.