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nas últimas décadas o foco dos serviços de extensão rural emMoçambique tem sido orientado principalmente no treinamento, fortalecimento de associações de produtores, transferência de tecnologias melhoradas e assistência técnica. O objetivo desta pesquisa é de estabelecer quais as características demográficas e socioeconômicas dos produtores que incidem no acesso aos serviços de extensão rural no país. Em termos metodológicos foi estimado o modelo de regressão logística para identificar quais variáveis tiveram mais peso na construção dos perfis demográficos e socioeconômicos dos produtores. Foram usadas variáveis provenientes do Censo Agropecuário de 2010 conhecido por CAP 2010. Os resultados revelam que, pese ao caráter universal da política de extensão rural, a distribuição do acesso a esses serviços é desigual. Variáveis comogênero do chefe do agregado familiar, idade do chefe do agregado familiar, escolaridade, género do chefe do agregado familiar, saber ler, uso da tecnologia (rega, fertilizantes, pesticidas)foram consideradas como as que geram diferentes níveisde acesso aos serviços de extensão rural.As políticas de extensão devem, portanto, considerar as demandas dos grupos mais vulneráveis, tanto em termos quantitativos, como qualitativos.Palavras chave:assistência técnica, extensão rural, produtores, Moçambique, acesso