Há cerca de duas décadas a economia de Moçambique tem registado um aumento crescente de projectos de Investimento Directo Estrangeiro de capital elevado, em grande parte destinado ao sector minero-energético.

O investimento é referido como um dos maiores catalisadores do desenvolvimento, e por isso, é expectável que com a actuação das transnacionais  como a Vale Moçambique, a Sasol, e as  Areias pesadas de Moma, todos eles com um período superior à uma década, Moçambique esteja a ter registos positivos nas variáveis de desenvolvimento humano e ambiental. No entanto, relatórios de desenvolvimento humano das Nações Unidas indicam que Moçambique apresenta um índice de desenvolimento humano baixo, entre os 10 mais baixos do planeta. Urge assim a necessidade de desenvolviver uma pesquisa que tenha por fim analisar de que forma é que as transnacionais podem contribuir a melhoria de condições económicas, sociais, e ambientais: redução da pobreza, do desemprego, da desigualdade, acesso a saúde, nutrição, educação e habitação.

A localização dos mega projectos é muitas vezes determinada pela existência de algum recurso, e o objectivo das corporações é a exploração a sua exploração. Pretende-se realizar uma pesquisa monográfica, que conduzida no quadro da teoria das verticalidades e horizontalidades, ilustre o impacto das actividades das transnacionais na indução do desenvolvimento susntentável em Moçambique.

Levanta-se a hipótese de que as transnacionais não estejam a contribuir para o desenvolvimento sustentável devido às suas fracas ligações com a economia nacional, e pela incapacidade negocial do Estado perante estas empresas de poder e influência política e económica a nível global. Em função do cenário socioeconómico, espera-se mostrar a projecção temporal do período em que seria ideal acolher projectos das transnacionais.

Palavras-chaves: Transnacionais, Desenvolvimento Sustentável, Globalização.