Última alteração: 2021-08-04
Resumo
O milho e feijão nhemba apresentam baixos rendimentos, sendo um dos principais factores a ocorrência de doenças e a escassez de água. O métodos mais usado para o controlo de doenças é o químico, e este é inacessível ao pequeno produtor. O presente estudo teve como objectivo avaliar o efeito da rega, consociação e uso de pesticidas no maneio de doenças de Milho e Feijão nhemba. O experimento foi conduzido em factorial, com quatro níveis irrigação: (óptimo – aproximadamente a 100% da ETP, intermédio 1 – 50% da ETP, intermédio 2 – 30% da ETP, e o sequeiro – sem irrigação), sistemas de cultivo :(milho puro, feijão nhemba puro e consociação de milho e feijão nhemba) e aplicação de químicos:(aplicado e não aplicado) perfazendo um total de 24 tratamentos, com 4 repetições. As principais doenças observadas foram listrado, mancha castanha e carvão para o milho e ferrugem, mosaico comum, mosaico amarelo, mosaico rugoso, crestamento bacteriano e pústula bacteriana para o Feijão nhemba. No sistema de cultivo, a consociação não reduziu a incidência da mancha castanha, mosaico comum e pústula bacteriana, por outro lado proporcionou menor incidência e severidade do mosaico amarelo. O incremento da lâmina de água reduziu significativamente a incidência da mancha castanha e aumentou a incidência da pústula. Quanto ao progresso de doenças verificou-se maior severidade das curvas da macha castanha e mosaico amarelo. No que se refere ao rendimento de grãos do milho, verificou-se diferenças significativas dos níveis de água e aplicação de pesticidas, o maior rendimento foi obtido no nível óptimo e com aplicação de pesticidas. No feijão nhemba, apenas o factor sistema de cultivo teve efeito significativo, o maior rendimento foi obtido no cultivo consociado. O cultivo consociado foi mais eficiente na utilização de terra relativamente ao cultivo puro nos níveis de água e aplicação de insecticidas.
Palavras-chave: Incidência; Severidade; Milho; Feijão Nhemba.