As Tecnologias de Informação e Comunicação estão cada vez enraizadas em todo o setor do Turismo. Existe uma diversidade de software´s de gestão hoteleira que apoiam na flexibilidade e melhoria dos serviços, assim como, uma variedade de plataformas digitais (Websites, Facebook, TripAdvisor, booking, dentre outros), com um alcance inimaginável. Alguns estudos relacionados a adoção de tecnologia no Turismo, percebem a tomada de decisão de forma isolada e como algo puramente racional, porém, a Teoria Institucional traz uma abordagem mais ampla, defendendo que esta decisão pode estar sujeita a pressões (miméticas, coercitivas e normativas) que as organizações sofrem no ambiente em que elas atuam. Neste sentido, o presente artigo buscou, compreender a adoção de tecnologia pelos operadores turísticos da Macaneta à luz da Teoria Institucional. As entrevistas não estruturadas foram eleitas, pois permitem uma maior abertura no processo de busca das informações. Foram entrevistados 10 gestores de estâncias turísticas. Os resultados mostraram que a adoção de tecnologia está relacionada a busca pela legitimidade por parte dos turistas cada vez mais exigentes, e pelo facto de os operadores perceberem a importância da mesma nos seus serviços. Foi verificado que as autoridades locais não têm nenhuma influência no processo. Apesar de as pressões coercitivas e normativas não se fazerem sentir, foi evidenciado que a falta delas acaba levando ao isomorfismo na forma de pensamento, visto que, todos os operadores alegaram que não dão importância as alegações das autoridades, mas sim estão mais preocupados em adoptar práticas que lhes tragam benefícios.

Palavras chave: Turismo; Teoria Institucional; Isomorfismo; Adoção de Tecnologia