Conferências UEM, XI CONFERÊNCIA CIENTÍFICA 2020: Investigação, Extensão e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável

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ANÁLISE DO RISCO DE INFECÇÃO POR VÍRUS DE IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA: UM OLHAR ÀS PRÁTICAS TRADICIONAIS
Mauro Henrique Langa

Última alteração: 2021-07-06

Resumo


Autor: M.H. Langa

 

 

O presente trabalho tem como objectivo analisar a influência das práticas tradicionais, factores sociodemográficos e procedimentos médicos sobre o risco de infecção pelo vírus de imunodeficiência humana - VIH. Trata-se de um estudo de caso envolvendo indivíduos dos 15 aos 49 anos de idade, da província da Zambézia. Os dados usados, foram de natureza secundária referentes ao Inquérito de Indicadores de Imunização, Malaria e VIH/SIDA realizado em 2015. Metodologicamente o trabalho usou abordagem quantitativa, recorrendo, além da análise descritiva, a aplicação do modelo de regressão logística com intuito de medir os efeitos dos factores culturais e sociodemográficos sobre a probabilidade de contracepção do VIH.

Os resultados indicaram que as tatuagens ou escarificações, assim como a partilha de seringa usada preponderam para a contracção de VIH. Assim, pode-se entender que há necessidade de reforçar as acções que reduzam a vulnerabilidade da contracção do VIH pelas vias identificadas no presente estudo. As questões de género, culturais e alguns procedimentos médicos estão na origem da elevada vulnerabilidade a contracção em particular na província da Zambézia. Urge a necessidade de se delinear políticas e estratégias que favoreçam a mitigação da propagação do vírus por esta via.

Palavras-chave: VIH; Cultura; Regressão Logística